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o projeto

Sobre
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A Plataforma Habitar Margens reúne o acervo construído no contexto do projeto de extensão “Habitar Margens: entrelaçando memórias, lutas e políticas do cuidado em territórios populares e negros de Salvador”, fomentado pelos editais PAEXDoc (PROEX/UFBA - 2022) e PAEx (PROEX/UFBA - 2023). Articulado desde o grupo Margear (PPGAU-UFBA) e diversos coletivos de mulheres e territorialidades, o projeto ancora-se em quatro localidades:  

Levando em conta a amplitude, complexidade e heterogeneidade destes territórios, buscamos configurar espaços de formação e partilha  no cruzamento entre universidade e sociedade, cidade, territórios populares 

e negros, partindo do encontro entre mulheres para registrar

Águas Claras, Valéria e Subúrbio Ferroviário, em Salvador - BA, e nas Ocupações Alto da Conquista e Marielle Franco, em Simões Filho - BA.

as disputas urbanas ampliadas e as lutas cotidianas que configuram o termo ‘habitar margens’, a que o projeto refere. Este sentido de “habitar” transcende a moradia, considerando as trajetórias, percepções e elaborações de vida das mulheres negras, que histórica e cotidianamente habitam e produzem as margens urbanas.

O impacto nas localidades e suas moradoras é um objetivo primordial do projeto Habitar Margens, de modo que tanto os encontros para a construção partilhada de conhecimento quanto as construções resultantes destes buscaram contribuir com as lutas das mulheres, coletividades e territórios, potencializando sua instrumentalização, reconhecimento, entrelaçamento, intercâmbio de experiências e políticas de cuidado entre estas, não restringindo nossa produção apenas aos interesses da universidade. No âmbito acadêmico, a extensão universitária tem tanto possibilitado a experimentação de práticas metodológicas que fortalecem os vínculos entre universidade e sociedade, contribuindo para ambas, quanto amplificado a produção de conhecimentos e reflexões críticas sobre a cidade, conectando ainda pesquisa, ensino e extensão. 

Nossa equipe é formada por mulheres negras e brancas, pesquisadoras-moradoras e pesquisadoras de outras localidades, engajadas politicamente nas questões associadas aos territórios com os quais mobilizamos pesquisas. Atuamos em equipes menores, na imbricação com cada território, mobilizando encontros de compartilhamento das metodologias, oficinas e processos sobre cada um deles, em que todas as frentes de trabalho eram retroalimentadas pelas experiências e partilhas.

As construções metodológicas mobilizadas no projeto, ancoradas por nossas pesquisas de graduação e pós-graduação, têm nos permitido escapar de uma perspectiva de investigação que parte de fora e do alto sobre os territórios populares e negros - contando, no máximo, com uma instância de participação. Pensamos na produção compartilhada de conhecimentos não apenas como lócus de práticas, senão também como espaços de elaboração de conhecimentos sobre a cidade e suas margens, mantendo o foco na potência formativa política e ético-política como caminho para conquistar direitos em relação a gênero, cuidado, memória, território, moradia e cidade.

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a plataforma

A Plataforma Habitar Margens reúne os registros destes encontros entre mulheres, que buscaram confluir memórias, trajetórias e dimensões do habitar a partir de rodas de conversa, caminhadas de reconhecimento territorial, oficinas de colagens e de produção de cartografias coletivas. Também registra as elaborações/produtos multilinguagem mobilizados desde estas atividades, seja através de cartilhas, cartografia social, colagens, livros-objetos ou do fortalecimento das políticas de cuidado e das lutas cotidianas das mulheres e territórios em diálogo através de imagens, áudios, registros audiovisuais, textos, entre outros. 

Entendemos que estas elaborações coletivas fortalecem as lutas urbanas e os enfrentamentos travados pelas mulheres no seu cotidiano junto aos territórios e as questões da cidade que as atravessam, sendo apropriadas de diversos modos, sobretudo por se tratar de multilinguagens, bem como podem incidir em debates públicos sobre a agenda urbana em Salvador e região metropolitana, ainda contribuindo na formação ampliada em Arquitetura e Urbanismo. Considerando caminhos criativos e inventivos para guardar esses materiais, registrando os processos e encontros mobilizados, disponibilizando o acesso dos materiais pelas mulheres, bem como potencializando os diálogos entre estas, suas coletividades e territórios, a Plataforma Habitar Margens adveio da ressignificação da Plataforma Sentidos do Morar, desenvolvida durante a pandemia do Covid 19 e apoiada pelo Programa Tessituras: Apoio à Extensão na Pós Graduação 2021 (PROEX/UFBA), que já havia elaborado um ambiente virtual para registrar e promover encontros com as margens urbanas - em um momento de isolamento social.

A atual configuração da Plataforma inspirou-se, também, no site                                                                         . Buscamos, na árvore da página inicial, confluir os diferentes territórios em diálogo no projeto Habitar Margens, fazendo também encontrar metodologias e arquivos que, salvaguardadas suas especificidades, mobilizam confluências entre histórias, memórias, conhecimentos, debates, conflitos, coexistências, rupturas, imaginações e possibilidades mobilizadas nos encontros com as margens desde a prática extensionista. Este ambiente virtual faz encontrar, assim, as dimensões materiais e imateriais mobilizadas nos nossos processos de pesquisa e extensão, coletivizando e publicizando os debates acionados, amplificando seus desdobramentos e alcançando outras margens urbanas de Salvador, a fim de potencializar intercâmbios e enredamentos.

No mais, essa Plataforma se abre, também, à continuidades, buscando conectar as ações e desdobramentos realizados para além do contexto do referido projeto de extensão.

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Plataforma
Quem somos

quem somos?

Ficha Técnica

Apostamos no encontro entre mulheres, configurando espaços de formação política e de construção coletiva e compartilhada de conhecimento, potencializando suas ações, lutas e caminhos para a conquista de direitos em relação a gênero, raça, cuidado, memória, território, moradia e cidade. Buscamos experimentar e construir coletivamente metodologias para o fortalecimento dos vínculos entre universidade e sociedade, culminando em um campo relacional de ação e pensamento crítico sobre os sentidos do habitar dos territórios negros e populares. Nessas elaborações coletivas de conhecimento, também visamos documentar, visibilizar, disputar, reconstruir e fazer pensar sobre as múltiplas formas de fazer-cidade e moradia que as margens evocam, fomentando novas imaginações políticas capazes de incidir em políticas e debates públicos sobre a agenda urbana de Salvador e região metropolitana, bem como no campo da arquitetura e urbanismo, tensionando abordagens cristalizadas acerca dos territórios negros e populares, que ainda os percebem na chave moderno-colonial, racista e classista, do problema/solução.

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Somos o grupo Margear, vinculados ao Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (PPGAU-UFBA), coordenado pela Profa. Dra. Thaís Troncon Rosa. Nosso coletivo se compõe de uma diversa composição pautada pelo encontro racial entre mulheres negras, pardas e brancas, homens negros, pardos e brancos, LGBTQIAP+, nordestinas, originárias de territórios negros e populares, bem como de pesquisadoras de outras localidades engajadas politicamente nas questões dos territórios com os quais mobilizamos pesquisas e ações.

FICHA TÉCNICA​

Equipe do Projeto

Aleida Batistoti (Margear/ PPGAU-UFBA)

Anna Raquelle Edington (Margear/ PPGAU-UFBA)

Caroline Souza (Margear/ PPGAU-UFBA)

Juliana de Faria Linhares (Margear/ PPGAU-UFBA)

Lorena Cerqueira (Colaboradora do projeto)

Luar Vieira (Margear/ PPGAU-UFBA)

Marina Muniz (Margear/ PPGAU-UFBA)

Thaís Freitas Andrade (Margear/ PPGAU-UFBA)

Thais Troncon Rosa ( Coordenadora do projeto)

Vanessa Alves Cordeiro (Margear/ PPGAU-UFBA)

Zara Rodrigues (Margear/ PPGAU-UFBA)

Equipe Ocupações Alto da Conquista e Marielle Franco - MSTB 

Anna Raquelle Edington (Margear/ PPGAU-UFBA)

Bruna de Assis da Silva 

Carmen de Souza

Elenice Anunciação de Jesus

Emilly Conceição dos Santos

Gabriela Medeiros Ramos Jair Salles

Juliana de Faria Linhares (Margear/ PPGAU-UFBA)

Juliana Santos Silva (MSTB)

Lucila Cordeiro Marinho

Maria Carmelita Conceição Bispo

Maria Cristina Bispo Maria de Lourdes Assis

Marlene Candeias dos Santos

Mayara Alves dos Santos Núbia Souza Santana

Querly Lima dos Santos

Rosenita Epaminondas dos Santos

Thaís Freitas Andrade (Margear/ PPGAU-UFBA)

Ubirajara dos Santos Ferreira

Vanessa Alves Cordeiro (Margear/ PPGAU-UFBA)

Viviane Silva dos Santos

Equipe Subúrbio - Coletividades do Subúrbio

Aleida Batistoti (Margear/ PPGAU-UFBA)

Aline Bahia  (moradora do Subúrbio e colaboradora do Acervo da laje)

Annemone Santos (Guardiões da APA Bacia do Cobre)

Caroline Souza  (Mulheres da APA / Margear/ PPGAU-UFBA)

Eliana Juriti  (Studio de Arte Dboa)

Ilca Couto ( Fotógrafa e moradora)

Ivana Magalhães (Quintal Sensorial) 

Lorena Cerqueira (Preta Paleteira / Colaboradora margear)

Marina Muniz (Margear/ PPGAU-UFBA)

Mira Alves (Guardiões da APA Bacia do Cobre)

Vilma Santos (Acervo da Laje)

Equipe Valéria - Mulheres Artesãs 

Equipe Águas Claras

Equipe Site 

Aleida Batistoti (Margear/ PPGAU-UFBA)

Juliana de Faria Linhares (Margear/ PPGAU-UFBA)

Luisa de Araujo Carvalho Caria (webdesign /coletiva trama)

Marina Muniz (Margear/ PPGAU-UFBA)

Thaís Freitas Andrade  (Margear/ PPGAU-UFBA)

Vanessa Alves Cordeiro (Margear/ PPGAU-UFBA)

Zara Rodrigues  (Margear/ PPGAU-UFBA)

© 2024 por Luísa Caria e Grupo Margear

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